O avanço da Computação em Nuvem.
O IDC projeta que este ano 46% das empresas
latino-americanas planejam investir 25% do orçamento em soluções na nuvem. Isso
faz todo o sentido. Elas têm milhares e milhares de informações que precisam
ser armazenadas, organizadas e trabalhadas. No Brasil, as vendas de serviços de
computação em nuvem devem crescer 74,3% em três anos. Em 2012 o crescimento foi
de 68,4% e no ano anterior foi de 57%. O resultado desse impulso deve ser um
faturamento de US$ 798 milhões em 2015, prevê o IDC.
Outra pesquisa, feita pela Edge Strategies em conjunto com a
Microsoft, estima crescimento da adoção de serviços pagos baseados na nuvem.
Nessa análise, feita em 13 países, foram entrevistados diretores do mercado de
TI de mais de 3 mil empresas de pequeno e médio porte. O mesmo estudo concluiu
que 30% dos entrevistados já estão utilizando serviços em nuvem enquanto que
outros 48% planejam adotar o modelo nos próximos dois ou três anos. Essa
tendência também ocorre com as grandes empresas. A Hewlett Packard (HP) vai
aumentar seu negócio na área de informática desmaterializada com investimentos
da ordem de US$ 1 bilhão na nuvem. Em dois anos a Cisco pretende investir US$ 1
bilhão e a IBM US$ 1,2 bilhão nesse setor.
Para o Gartner, instituto de aconselhamento em tecnologia,
50% das empresas deve investir em nuvem híbrida até 2017. “O uso da computação
em nuvem está crescendo e em 2016 já tende a representar a maior parte dos
gastos de TI. Será um ano decisivo para a nuvem, com as nuvens privadas
começando a dar lugar às nuvens híbridas, e quase a metade das grandes empresas
terão implementações de nuvem híbrida até o final de 2017”, avalia o Gartner.
Segundo pesquisa da Symantec, empresa especializada em
segurança da informação, 90% das corporações em diferentes países e mais de 80%
das empresas no Brasil discutem sobre o uso de tecnologia de computação em
nuvem. Há um ano, o índice global era de 75%. Estudo similar, feito pelo IDC,
constata que a tecnologia em nuvem é uma realidade: 91% das empresas latino-americanas
já sabem o que é a nuvem, sendo que 47% reconhecem a necessidade de adotar esta
tecnologia, 28% avaliam sua implementação, 13% já a adotaram e 6% estão em fase
de expansão. Atualmente, o setor de manufatura, com 33%, é o segmento que mais
investe em soluções na nuvem. Ele é seguido por 29% da área de telecomunicações
e bancos, revela o IDC.
Essa explosão de dados na Internet tem um aspecto importante
que precisa ser considerado. De que adianta ter tantos dados e informações
disponíveis se não for possível organizá-las para tirar proveito da base de
dados? É exatamente por isso que tantas empresas estão testando sistemas,
equipamentos e modelos comerciais que resolvam essa questão de como lidar com o
excesso de informações. Uma das alternativas encontradas é a tecnologia do
chamado Big Data que se baseia em 5 “V” (velocidade, volume, variedade,
veracidade e valor).
As aplicações possíveis são infinitas e vão desde o
desenvolvimento de produtos, adaptados ao gosto do consumidor, até a oferta de
novos serviços públicos por governos interessados em melhorar a vida do
cidadão: sistemas que ajudam a melhorar o trânsito, identificar criminosos no
meio de uma multidão, prever tsunamis etc. Dados em tempo real somente agregam
valor se forem transformados em nova informação também em tempo real. A
interpretação humana de dados ao usar o tradicional método de “business
intelligence” para as análises não tem escala para lidar com o atual volume de
informações. Hoje as empresas trabalham com o sistema de dados tradicionais, as
“datas warehouse”.
A previsão do IDC é de que o movimento global no mercado de
armazenamento de dados na nuvem aumente de US$ 379,9 milhões em 2011 para US$ 6
bilhões em 2016. A proposta da nuvem é permitir que, via internet, o usuário
acesse por computador, tablet ou celular o quiser: documentos, fotos, imagens,
vídeos, software etc.

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